Desde pequeno a imagem sempre despertou em mim um grande fascínio. Lembro quando minha mãe projetava figuras de seu trabalho na parede de casa com os hoje já antigos fotogramas em slides. E meu pai, quando trazia pequenos monóculos com fotografias de lugares e rostos desconhecidos à espera de descobertas.

O encontro do meu olhar, na vivência, no instante e na memória, com um mundo plural se dá há algum tempo através de uma lente.

Muito se passou entre os monóculos, a primeira câmera Yashica, a Kodak descartável, a velha Nikon fm10 até as digitais Canon. Me formei em Comunicação Social na Universidade Metodista de São Paulo, participei de oficinas de fotografia, laboratórios e trabalhei em algumas emissoras de TV e produtoras audiovisuais como ESPN Brasil e O2 Filmes; Por muitos anos segui este caminho entre cliques autorais principalmente na cultura popular brasileira.

A fotografia cinética foi o caminho onde me especializei pós formação acadêmica, como no curso de Direção de Fotografia com Alziro Barbosa na escola de cinema Inspiratorium, além de outras oficinas e cursos de arte que resgataram mais a minha essência na expressão do meu olhar.
É o que sou. E sou um pouquinho de tudo que vejo e traduzo em minha tênue e brutal expressão inerente à minha existência.

Desde 2013, realizei 3 exposições fotográficas, sendo as duas primeiras coletivas e a última individual: "Caminhos do Sul", aberta de fevereiro até abril de de 2015 no Espaço Gambalaia de Artes em Santo André, São Paulo, com produção e curadoria de Mariana Lucio. Carregando na mochila uma câmera e o desejo de se perder na volta pra casa, viajei durante seis meses por Suriname, Guiana, Venezuela, Colômbia, Uruguai, Argentina e norte do Brasil, vivendo as diferenças que nos separam e fomentam a vontade de conhecer esta terra, seus cenários, línguas, costumes e pessoas.

Caminho para Monte Roraima - Expo Caminhos do Sul  [ 2015 ]